O Bitcoin (BTC) ultrapassou os US$ 105 mil pela primeira vez desde janeiro na segunda-feira (12), impulsionado pelo acordo para redução de tarifas assinado por EUA e China. Na terça-feira (13), após realização de lucros por parte de alguns traders, a cripto registrou leve recuo, voltando para a faixa dos US$ 104 mil.

A pergunta que fica é: há chances de o ativo digital ultrapassar sua máxima histórica, de US$ 109 mil, nos próximos dias?

Sim, de acordo com analistas. Quatro principais fatores podem levar a cripto a novas alturas: aumento global da tolerância ao risco, queda dos juros nos Estados Unidos, fluxo de investidores institucionais e o histórico de valorização do ativo após o halving – evento que ocorre a cada quatro anos e corta pela metade a nova emissão da criptomoeda.

Aumento do apetite por risco

O primeiro fator já começou a se confirmar com o pacto entre as duas maiores economias do mundo. A medida, segundo André Franco, CEO da Boost Research, aliviou as tensões comerciais e estimulou os mercados de ações asiáticos e americanos, bem como o fortalecimento do dólar frente a outras moedas, aumentando a busca por ativos considerados de risco.

”Isso reflete uma confiança renovada dos investidores em um cenário econômico mais estável. O impacto no curto prazo tende a permanecer positivo, com o apetite por risco renovado e uma crescente demanda institucional por Bitcoin”, disse o especialista.

Entrada de investidores institucionais

E falando nos grandes investidores, eles continuam enchendo os bolsos de criptos, seja por meio de fundos ou diretamente via criptos. Na semana passada, os produtos financeiros administrados por gigantes como BlackRock, Fidelity e 21Shares registraram US$ 882 milhões em entradas líquidas, segundo dados da plataforma CoinShares. Foi a quarta semana consecutiva de ganhos, com fluxos positivos acumulados no ano chegando a US$ 6,7 bilhões.

Outra grande compradora foi a Strategy, desenvolvedora de software dos EUA considerada o negócio “mais quente” de Wall Street por causa de sua aposta no BTC. A companhia comprou mais 13,390 unidades do ativo digital, equivalente a US$ 1,34 bilhão, segundo documento enviado nesta semana para a Comissão de Valores Mobiliárias do país (SEC, na sigla em inglês). O negócio já tem 568,8 mil unidades da cripto, o que dá cerca de US$ 59 bilhões.

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